A costura vai muito além da criação de roupas funcionais. Em diversos contextos, ela se transforma em linguagem artística, explorando texturas, histórias e emoções através da agulha e da linha. Muitos artistas e designers ao redor do mundo utilizam a costura como forma de expressão criativa, misturando arte, moda e ativismo.
1. Louise Bourgeois – Costura como memória
A artista franco-americana ficou conhecida por suas esculturas e instalações, mas também usava a costura como uma forma de cura emocional. Em seus trabalhos têxteis, reutilizava roupas antigas, rendas e tecidos domésticos para representar memórias, traumas e o universo feminino. Para ela, costurar era um ato de reconstrução interna.
2. Yayoi Kusama – Tecidos e repetição
Embora mais conhecida por suas instalações com bolinhas e espelhos, a artista japonesa também aplicou técnicas de costura em obras têxteis. Em algumas peças, o tecido é costurado de forma obsessiva, criando texturas repetitivas que refletem suas experiências com distúrbios mentais. A costura, nesse caso, se torna quase um ritual.
3. Tracey Emin – Confissões bordadas
A britânica Tracey Emin ficou famosa por bordar frases íntimas e confissões em panos de linho e cobertores. Suas obras misturam fragilidade e ousadia, e mostram como o bordado manual pode ser uma forma de escrita visceral, revelando vulnerabilidades com delicadeza.
4. Maison Margiela – Desconstrução com agulha e linha
Na moda, poucos designers trabalharam a costura de forma tão artística quanto Martin Margiela. Suas criações exploram costuras aparentes, tecidos inacabados, remendos e sobreposições, desconstruindo a roupa tradicional para criar algo novo. A estética da imperfeição virou assinatura da marca.
5. Bisa Butler – Quilts como retratos
A artista norte-americana Bisa Butler cria retratos com colchas de retalhos (quilts), unindo técnicas tradicionais afro-americanas com temas contemporâneos. Cada obra é uma explosão de cor, textura e significado cultural. A costura, nesse caso, não é apenas decorativa — ela reconstrói identidades e conta histórias.
No nosso ateliê, acreditamos que costurar é também um ato de expressão. Cada ponto, cada tecido, cada detalhe carrega uma intenção e uma identidade. Ao conhecer essas artistas e designers, percebemos como a costura pode ser tão poderosa quanto uma tela em branco ou uma escultura.
